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Meu banho é sem água
Isso mesmo. Nada de molhar sua Chinchila. Senão, ela pode até desenvolver problemas auditivos, de pele e doenças respiratórias.
O motivo quem explica é o veterinário especialista em roedores Rogério Ribas Lange, da Universidade Federal do Paraná: "A espécie é originária de regiões áridas e, portanto, o banho não faz parte de seu comportamento; sua pelagem tem densidade maior do que a de todos os mamíferos, por isso, se molhada, leva dias para secar ao natural, e um bicho molhado por tanto tempo pode adoecer", relata.
O uso de toalha ou secador também são contra-indicados: "Levariam horas para secar uma pelagem tão densa, o que seria demasiado estressante para uma Chinchila; o secador, em especial, iria submetê-la a vento direto, o que também pode ocasionar doenças", acrescenta Lange.
Diante disso, o banho da Chinchila é no carbonato de cálcio.
O produto se parece com um talco e absorve a oleosidade da pele e, por conseguinte, do pêlo.
Uma ou duas vezes por dia, coloque um bom punhado do pó numa banheirinha na qual a Chinchila caiba.
Ela entrará no recipiente e, literalmente, rolará 360 graus várias vezes seguidas, deixando seu corpo inteiro esbranquiçado. Não se preocupe: a poeira branca desaparece em minutos.
Retire a banheirinha após o uso. Do contrário, é provável que a Chinchila urine e defeque nela, inutilizando o pó, que poderia ser reaproveitado em cerca de seis banhos.
A melhor idade para adotá-la
Assim que ocorre o desmame, dos 50 aos 60 dias de vida, o filhote, que já nasce peludo e é a própria réplica miniaturizada do adulto, torna-se independente da mãe.
"Entre essa idade e os 4 meses é uma ótima fase para adquirir seu exemplar; afinal ele poderá ser socializado desde bem novinho e também terá tido pouco tempo para vivenciar eventuais traumas que lhe acarretassem desvios temperamentais", indica Bastos.
"O filhote cria vínculos afetivos mais rapidamente do que exemplares mais velhos; daí serem a opção mais indicada para quem quer um pet interativo que, em dias, já reconheça os donos e tudo mais", acrescenta Colabuono.
"Não que seja impossível adquirir uma Chinchila adulta e fazer dela um bom pet, mas será mais demorado; poderá levar meses até que se adapte bem ao manuseio das pessoas da casa", explica Colabuono.
Vale dizer que a Chinchila atinge a fase adulta com 8 meses e é a mais longeva entre os roedores adotados como bichos de estimação: vive de 15 a 20 anos. Para efeitos comparativos, o Porquinho-da-Índia, que ocupa o segundo lugar em expectativa de vida, atinge de 5 a 8 anos.
convivendo com outros bichos
Uma Chinchila não acostumada a conviver com outros animais, como cães e gatos, provavelmente sentirá medo e fugirá deles.
A predisposição ao comportamento temeroso se trata de um sábio instinto a serviço da sobrevivência.
É que na natureza pequenos roedores estão lá embaixo na cadeia alimentar.
Ou seja, são predados por uma grande quantidade de espécies.
Já Chinchilas habituadas a outros bichos (desde que esses se mostrem amigáveis, é claro) parecem "superar" seus instintos, tendendo a aceitá-los sem problemas.
"Meu exemplar acabou percebendo que nossa Poodle não lhe faria mal; hoje, sempre que o solto, pula nas costas dela e fica estimulando-a a brincar", conta Caccaos.
"Os proprietários devem sempre estar atentos para evitar que sua Chinchila seja machucada por uma brincadeira brusca de seu outro bicho ou mesmo por um ataque inesperado", alerta Bastos.
Dentes que não param de crescer
Como todos os roedores, os dentes da Chinchila têm crescimento contínuo. Para não ficarem "gigantes", ela precisa desgastá-los, roendo objetos: casca de coco (do marrom, não do verde) é uma boa opção.
As Chinchilas adoram.
Se os dentes da sua, no entanto, já tiverem crescido demais, leve-a ao veterinário, que saberá como apará-los.
Não os deixe compridos: acabarão machucando a boquinha dela.
Meu reino por uma uva passa
Seja da preta ou da verde, trata-se do petisco mais apreciado pelas Chinchilas.
Mas atenção: é petisco, não prato principal. Ofereça no máximo uma por dia (mais do que isso pode soltar o intestino).
Ela a segura com as mãozinhas e, às vezes, come só um pedaço e guarda o resto para mais tarde.
Uma graça. Outras guloseimas bem-vindas são pequenos pedaços de fruta: maçã, banana e pêra, por exemplo.